O direito a Convivência Familiar e Comunitária


Acontece nesta terça-feira (11), em São Luís, o Seminário O Direito à Convivência Familiar e Comunitária de Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas. O evento é uma promoção da Rede Maranhense de Justiça Juvenil, executado pelo Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini e tem como objetivo discutir a importância da convivência familiar para o desenvolvimento humano de adolescentes que se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas. O Seminário começa às 8h, no Sindicato dos Bancários do Maranhão, localizado na Rua do Sol, 413/417, Centro.


Durante o dia serão realizadas duas mesas temáticas abordando os temas: “O direito à vida em família e na comunidade” e “A garantia do direito à convivência familiar e comunitária de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas”.


Carta de Intenções - Durante o evento serão feitas intervenções propositivas na plenária sobre o que fazer para garantir o direito aos adolescentes e no final uma leitura das diretrizes do protocolo para que todos os presentes possam assinar uma carta de Intenções.


Marco Legal – A Constituição Federal estabelece que a “família é à base da sociedade” (Art. 226) e que, portanto, compete a ela, juntamente com o Estado, a sociedade em geral e as comunidades, “assegurar à criança e ao adolescente o exercício de seus direitos fundamentais”.


A coordenadora de projetos do Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini – (CDMP) Renata Cordeiro, explica que o seminário tem como principal alvo a sociedade civil e o poder público para que atentem sobre a importância da convivência familiar e comunitária no processo de ressocialização dos adolescentes que cometem ato infracional. “Mesmo com a aprovação do plano Nacional de Convivência e a determinação do ECA e Sinase os adolescentes têm tido esse direito negado, o que faz com que fiquem longe de sua família. Por isso a ideia é provocar os gestores, juízes e toda a comunidade civil para uma reflexão sobre este atendimento”, afirma a coordenadora.


O que diz o ECA - Em face dos princípios norteadores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Constituição Federal, é dever dos órgãos competentes, zelar para que seja assegurado ao adolescente em conflito com a lei o direito à convivência familiar e comunitária.

Especialistas destacam que os melhores resultados da aplicação das medidas socioeducativas estão nas medidas em meio aberto, pois além do menor custo e da diminuição da reincidência, o adolescente pode continuar convivendo com a família e a comunidade, o que contribui para sua ressocialização.


Medidas socioeducativas - As Medidas Socioeducativas estabelecidas pelo art. 112 do ECA são aplicadas quando verificada a prática de ato infracional, sendo que a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade; internação em estabelecimento educacional.


A Rede Maranhense de Justiça Juvenil É um conjunto articulado de atores governamentais e não governamentais voltados para impulsionar a ampliação da municipalização das medidas socioeducativas e o desenvolvimento de práticas restaurativas, além da implementação de políticas públicas voltadas a adolescentes em conflito com a lei.

PROGRAMAÇÃO

8h – Café da manhã

8h30 – Mesa de Abertura

9h – Mesa temática I O direito à vida em família e na comunidade

- A importância da convivência familiar e comunitária para o desenvolvimento humano. Margareth Santos, psicóloga, especialista em violência doméstica e saúde mental,terapeuta comunitária.

- Como as políticas de assistência social veem a família e a comunidade? Prof. ª Jacinta Carneiro da Silva, assistente social, doutoranda do programa de Políticas Públicas/UFMA

- Marcos jurídicos da proteção à convivência familiar e comunitária. Renato Pedrosa, advogado, assessor da Fondation Terres des hommes (Tdh).

10h30 – Debates e participação da plenária

11h30 – Encerramento da Manhã

14h – Mesa temática II A garantia do direito à convivência familiar e comunitária de adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa.

- O protagonismo de adolescentes em cumprimento de medidas e de suas famílias: experiências no Maranhão. Pastoral do Menor

- As medidas em meio aberto como instrumento de garantia do direito à convivência familiar e comunitária de adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa. Conselho Estadual dos Direitos da Criança e o Adolescente

- O Plano de Convivência Familiar e Comunitária e a necessária intersetorialidade das políticas públicas. Margareth Cutrim, assistente social, MBA em gestão e políticas públicas.

15h30 - Intervalo

16h - Debates e participação da plenária

17h – Leitura e aprovação da carta de intenções do Encontro.

17h30 – Encerramento

Mais Informações:

Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini – CDMP

Renata Cordeiro– Coordenadora de Projetos

(98) 3231 1445/ 9138-1155

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